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Bancada federal de Mato Grosso se divide sobre mudança na Lei da Ficha Limpa

Parlamentares da bancada bolsonarista de Mato Grosso, que durante anos usaram a Lei da Ficha Limpa como símbolo de combate à corrupção, agora alegam que a punição de oito anos é desproporcional. A líder da bancada, Coronel Fernanda (PL), argumenta que a legislação tem sido aplicada de forma parcial.

13/02/2025 às 07h30
Por: Redação Fonte: Da Redação
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Da assessoria
Da assessoria

A bancada federal de Mato Grosso está dividida em relação à proposta de alteração da Lei da Ficha Limpa, que reduziria de oito para dois anos o período de inelegibilidade para políticos condenados. O projeto, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, tornou-se uma das principais bandeiras do Partido Liberal (PL) em 2025, com o objetivo de viabilizar uma possível candidatura do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2026.

A proposta busca modificar a Lei das Inelegibilidades, reduzindo o prazo de punição para condenações por abuso de poder político ou econômico e uso indevido dos meios de comunicação — crimes pelos quais Bolsonaro foi condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2023.

Parlamentares da bancada bolsonarista de Mato Grosso, que durante anos usaram a Lei da Ficha Limpa como símbolo de combate à corrupção, agora alegam que a punição de oito anos é desproporcional. A líder da bancada, Coronel Fernanda (PL), argumenta que a legislação tem sido aplicada de forma parcial.

“Hoje ela se aplica só para um lado. Só para a direita ou para a oposição ao atual governo”, afirmou a deputada.

O deputado Nelson Barbudo (PL) também declarou apoio à alteração da lei, argumentando que o período de inelegibilidade deveria ser reduzido para dois anos.

“Oito anos é muito. Precisamos diminuir esse prazo”, defendeu Barbudo.

Outro defensor da proposta, o deputado Rodrigo da Zaeli (PL) — que assumiu a vaga de Abilio Brunini —, afirmou que a punição prolongada prejudica a participação democrática de líderes políticos.

Na mesma linha, José Medeiros (PL) declarou ser favorável à mudança da lei, reforçando o discurso de que a pena de oito anos seria excessiva.

Por outro lado, a deputada Gisela Simona (União) criticou a proposta e afirmou que a Lei da Ficha Limpa é uma conquista da população brasileira.

“Nós conseguimos, com ela, aumentar a idoneidade dos candidatos. Sou contra acabar com a lei e a mudança merece um amplo debate”, declarou.

O deputado Emanuelzinho (MDB) também se posicionou contra e ironizou os defensores da proposta.

“Hoje, quem defende a Lei da Ficha Limpa é chamado de comunista pelos bolsonaristas”, provocou o parlamentar.

Já o deputado Coronel Assis (União) optou por não se manifestar sobre o tema, enquanto Juarez Costa (MDB) não respondeu aos questionamentos.

Caso seja aprovada, a alteração na Lei da Ficha Limpa poderia abrir caminho para o retorno de diversos políticos à disputa eleitoral, incluindo Jair Bolsonaro, que foi declarado inelegível até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

A proposta segue em debate na CCJ da Câmara, onde enfrentará resistência de setores que defendem a manutenção das regras atuais para garantir maior rigor na idoneidade dos candidatos.

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