Mato Grosso registra aumento de 6,2% na abertura de novas empresas, com destaque para a presença de estrangeiros no mercado

Em 2024, Mato Grosso vivenciou um ambiente de negócios aquecido, com um crescimento de 6,2% no número de novas empresas, totalizando 22.327 negócios formalizados. Os dados, apresentados no relatório Visão Empresarial – 2025, elaborado pela Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat) em parceria com o Sebrae, indicam que o Estado conta atualmente com 306.990 empresas ativas, abrangendo desde pequenos até grandes empreendimentos. Este levantamento, que não inclui os microempreendedores individuais (MEIs), oferece uma visão detalhada sobre o panorama econômico mato-grossense até 29 de janeiro de 2025.

O setor de serviços lidera a composição empresarial, com 51,66% dos negócios registrados, seguido pelo comércio (35,62%) e pela indústria (12,71%). Esses números refletem uma diversidade de atividades que impulsionam a economia local. No entanto, a concentração de empresas ainda é notável em algumas regiões do Estado, com cinco municípios — Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Sorriso — responsáveis por 52% das novas empresas. As demais se distribuem entre os 137 municípios restantes de Mato Grosso.

O comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, com 23.291 empresas, se destaca como o setor com maior número de CNPJs ativos no Estado. Em seguida, aparecem o transporte rodoviário de carga (21.774), o comércio de bebidas (20.754), as lanchonetes e casas de sucos (17.915) e a promoção de vendas (17.811).

O levantamento também revela dados importantes sobre o perfil do empreendedor mato-grossense. A maior parte dos empresários tem entre 31 e 45 anos (42,9%), seguidos pelos de 46 a 60 anos (30,6%). Empresários com mais de 60 anos representam 14,8% do total, enquanto os mais jovens, entre 16 e 30 anos, somam 11,7%.

A presença crescente de estrangeiros no mercado

Outro dado relevante do relatório é a presença de estrangeiros no cenário empresarial de Mato Grosso. Os empresários portugueses lideram o ranking, com 159 empresas, seguidos por bolivianos (152), venezuelanos (133), haitianos (128) e italianos (120). Este fenômeno é uma indicação clara de que o Estado tem se tornado um polo de atração para investidores estrangeiros, que veem no ambiente de negócios mato-grossense uma oportunidade para crescimento e desenvolvimento.

Além disso, o empreendedorismo entre imigrantes tem se intensificado. Em 2024, 273 novos MEIs foram abertos por venezuelanos, seguidos por haitianos (89), bolivianos (38), paraguaios (33) e colombianos (31). Essa movimentação reflete o dinamismo e a diversidade do mercado local, que tem recebido cada vez mais a contribuição de estrangeiros em diversas áreas.

Avanço na desburocratização e digitalização

A alta no número de empresas também está associada ao avanço na desburocratização do processo de abertura de negócios. O presidente da Jucemat, Manoel Lourenço de Amorim Silva, destacou a agilidade proporcionada pelas plataformas digitais, que têm sido um diferencial no processo. “Nos municípios que aderiram ao Balcão Único, a abertura de empresas pode ser feita em apenas 10 minutos. Em Mato Grosso, a média estadual é de 4 horas e 46 minutos, tudo de forma online. Nossa informatização tem sido referência para o país”, afirmou o presidente.

Essa desburocratização é considerada um fator crucial para o crescimento do empreendedorismo no Estado, permitindo que novos empresários possam formalizar seus negócios de maneira rápida e eficiente. Além disso, os dados apresentados no relatório são vistos como fundamentais para diversas áreas da sociedade, como empresários, investidores e gestores públicos, que podem utilizar essas informações para fortalecer o ambiente de negócios e criar políticas públicas mais eficazes.

“Nosso compromisso é promover transparência, fortalecer o ambiente de negócios e contribuir para o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem o empreendedorismo e a economia mato-grossense”, concluiu o presidente da Jucemat.

Mato Grosso, com seu crescente número de empresas e a forte presença de imigrantes no mercado, continua a se destacar como um Estado promissor para empreendedores de diversas origens e setores.