Na tarde desta quinta-feira (26), o Mercado do Porto Antônio Moisés Nadaf, localizado em Cuiabá, foi parcialmente interditado pelo Corpo de Bombeiros devido a diversas irregularidades encontradas nas tendas provisórias, onde os permissionários atendem o público. A interdição forçou os feirantes a se mudarem para a estrutura ainda em construção, mas, segundo o presidente da Associação dos Feirantes, Jorge Antonio Lemos Junior, as vendas continuam, embora o impacto no trabalho seja significativo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, as irregularidades identificadas nas tendas provisórias eram relacionadas às instalações elétricas, aterramento das estruturas metálicas e montagem inadequada das estruturas temporárias. Além disso, a equipe de fiscalização alertou para o risco iminente à vida e à integridade das pessoas que frequentavam o local. As condições de uso das tendas, já deterioradas pelo tempo e pelo mau uso, também foram um fator determinante para a interdição. “Na área das tendas, eles detectaram que o local estava sem condições de uso e, a partir disso, emitiram a notificação e o termo de interdição”, explicou Jorge.
Os permissionários do Mercado do Porto, que atuam nas tendas provisórias há um ano e seis meses, enfrentam condições insalubres, como fiação exposta, áreas de alagamento e problemas sanitários. “Nossa mudança estava marcada para até 31 de dezembro, mas, devido a uma disputa política entre a nova administração e a atual, estamos sendo prejudicados”, afirmou Lemos Junior, destacando as dificuldades enfrentadas pelos feirantes diante de um cenário político instável.
Após a interdição, os feirantes iniciaram rapidamente a mudança para a nova estrutura em construção, mas, segundo eles, este novo espaço também apresenta problemas. Mesmo com a mudança em andamento, o atendimento ao público não parou. “Estamos desmontando nossos estandes e levando-os para o outro lado, sempre com o cuidado de não prejudicar os clientes e as vendas, especialmente neste final de ano, quando sabemos que as vendas são mais intensas”, explicou o presidente da associação.
Em nota, a Prefeitura de Cuiabá afirmou que o Mercado do Porto será inaugurado seguindo todas as normas técnicas exigidas, mas não deu detalhes sobre o prazo para conclusão da obra nem sobre as medidas que estão sendo tomadas para resolver as questões levantadas pelos feirantes e pelo Corpo de Bombeiros.
A interdição do Mercado do Porto levanta questionamentos sobre as condições de trabalho dos feirantes e a demora na finalização da obra, além de evidenciar as dificuldades enfrentadas pela categoria em um período de grande movimento comercial, como as festas de fim de ano.
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